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Parto taquitócico: o que é e como lidar com essa condição obstétrica intensa e perigosa

Parto taquitócico:

o que é e como lidar com essa condição obstétrica intensa e perigosa

O parto taquitócico é uma condição obstétrica que afeta uma pequena parcela de mulheres durante o trabalho de parto. É caracterizado por contrações uterinas excessivas e frequentes, que podem ocorrer em um ritmo anormalmente rápido. Enquanto algumas mulheres podem tolerar essas contrações sem complicações, outras podem enfrentar dificuldades significativas no parto. Por isso, é essencial que as instituições médicas estejam preparadas para lidar com essa condição e oferecer o melhor cuidado possível para as pacientes.

O parto taquitócico é um tipo de trabalho de parto que se caracteriza pela presença de contrações uterinas intensas e frequentes, que ocorrem a cada dois ou três minutos, e que duram mais de 60 segundos. Isso pode levar a um parto muito rápido, que pode durar apenas algumas horas ou até mesmo minutos.

As causas do parto taquitócico ainda não são totalmente conhecidas. No entanto, sabe-se que algumas condições, como a estimulação excessiva do útero, o uso de medicamentos para induzir o trabalho de parto e a presença de problemas no colo do útero podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição.

 

Os sintomas do parto taquitócico incluem contrações uterinas intensas e frequentes, muitas vezes a cada dois minutos ou menos, que podem causar dor intensa, desconforto para a mulher e podem causar exaustão física e emocional. Além disso, podem interferir no progresso do trabalho de parto, uma vez que o colo do útero não tem tempo suficiente para dilatar entre as contrações.

Essa condição pode ser perigosa tanto para a mãe quanto para o feto, e requer atenção médica imediata

Outras complicações podem surgir, como a hipoxia fetal (redução do suprimento de oxigênio para o feto), hemorragia uterina e descolamento prematuro da placenta.

Os fatores de risco para o parto taquitócico incluem gravidez múltipla, excesso de líquido amniótico, histórico de parto prematuro e uso de ocitocina sintética para induzir ou acelerar o trabalho de parto. As mulheres que apresentam esses fatores de risco devem ser monitoradas de perto durante o trabalho de parto para detectar sinais de parto taquitócico e intervir precocemente, se necessário.

O manejo do parto taquitócico pode variar dependendo da gravidade dos sintomas. Em alguns casos, as contrações diminuem naturalmente ou podem ser reduzidas com técnicas de relaxamento e respiração. Em outros casos, podem ser necessários medicamentos para controlar as contrações uterinas e prevenir complicações, como ruptura uterina ou sofrimento fetal. Em casos extremos, pode ser necessária uma cesariana para garantir a segurança da mãe e do bebê.

Para as instituições médicas, é essencial ter protocolos claros para o manejo do parto taquitócico, incluindo diretrizes para monitoramento, intervenção e transferência para outras unidades de cuidados intensivos, se necessário. Os profissionais de saúde devem ser treinados para reconhecer os sinais do parto taquitócico e estar preparados para intervir rapidamente para evitar complicações.

Por isso, é fundamental que os profissionais de saúde que trabalham em instituições médicas estejam atualizados sobre os protocolos e diretrizes para lidar com o parto taquitócico. Isso inclui a formação continuada, a participação em cursos e treinamentos específicos e a atualização constante das práticas clínicas.

Além disso, a comunicação com a paciente e sua família é fundamental. As mulheres que enfrentam o parto taquitócico podem se sentir ansiosas e sobrecarregadas, e é importante que recebam informações claras sobre sua condição e as opções de tratamento disponíveis. Um ambiente de apoio e encorajamento pode ajudar a mulher a lidar com os sintomas do parto taquitócico e ter uma experiência de parto positiva.

1. AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. College Publications. Obstetrics & Gynecology, [S.L.], v. 126, n. 3, p. 684, set. 2015. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health). http://dx.doi.org/10.1097/aog.0000000000001046

2. AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. Practice Bulletin No. 171: management of preterm labor. Obstetrics & Gynecology, [S.L.], v. 128, n. 4, p. 155-164, out. 2016. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health). http://dx.doi.org/10.1097/aog.0000000000001711. 

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Humanização do parto: Humanização no Pré-natal e nascimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto, Aborto e Puerpério: Assistência Humanizada à Mulher. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 

5. GÜNTHERT, A. R.. Reply. American Journal Of Obstetrics And Gynecology, [S.L.], v. 212, n. 5, p. 689-690, maio 2015. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.ajog.2014.12.025.

6. KOGA, G. Único no País, curso de Obstetrícia da USP reforça necessidade de parto seguro e humanizado: graduação oferecida pela escola de artes, ciências e humanidades destaca atenção à maternidade e aos direitos da mulher. Jornal da Usp. São Paulo, p. 0-2. set. 2022. Disponível em: https://jornal.usp.br/universidade/unico-no-pais-curso-de-obstetricia-da-usp-reforca-necessidade-de-parto-seguro-e-humanizado/. Acesso em: 14 abr. 2023.

Leia também:

O partograma é recomendado desde 1994 pela OMS e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Abrasgo) desde 1998, portanto, tornou-se obrigatório no Brasil apenas no ano de 2015 através da resolução normativa nº 368 publicada no dia 6 de janeiro de 2015 (BRASIL, 2015). Ler mais >>

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Thaynara Ferreira

Analista de Inbound Marketing e Eventos