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Doença de Acalásia

Doença de Acalásia

Incidência no Brasil e Perspectivas de Tratamento

A acalásia é uma doença rara do esôfago caracterizada pela dificuldade de passagem de alimentos e líquidos do esôfago para o estômago, devido à falha do relaxamento do esfíncter esofágico inferior e à perda de peristaltismo no esôfago. Este distúrbio crônico pode causar sérios desconfortos e complicações aos pacientes, impactando significativamente sua qualidade de vida. Neste artigo, vamos explorar a incidência da acalásia no Brasil, apresentar dados atualizados sobre a doença e discutir as opções de tratamento disponíveis.

O Que é a Acalásia?

A acalásia é uma condição neuromuscular onde o esfíncter esofágico inferior não relaxa adequadamente durante a deglutição. Isso resulta em uma dificuldade progressiva de engolir (disfagia), regurgitação de alimentos não digeridos e, frequentemente, dor torácica. As causas exatas da acalásia ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que envolvam uma combinação de fatores genéticos, autoimunes e infecciosos.

Incidência da Acalásia no Brasil

Estimar a incidência exata da acalásia pode ser desafiador devido à natureza rara da doença e à subnotificação. No entanto, estudos epidemiológicos fornecem uma visão mais clara da sua prevalência.

Segundo um estudo publicado no “Journal of Gastroenterology and Hepatology, a incidência global da acalásia é estimada entre 1 e 2 casos por 100.000 pessoas por ano . No Brasil, dados regionais sugerem uma incidência semelhante, mas com variações devido a fatores demográficos e acesso aos cuidados de saúde.

De acordo com um estudo realizado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, estima-se que a incidência da acalásia no Brasil esteja em torno de 1,5 casos por 100.000 habitantes por ano . Isso indica que, embora a doença seja rara, um número considerável de pacientes é diagnosticado anualmente, necessitando de tratamento especializado.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas da acalásia incluem:

  • Disfagia para sólidos e líquidos
  • Regurgitação de alimentos não digeridos
  • Dor torácica, especialmente após as refeições
  • Perda de peso não intencional
  • Azia e refluxo

O diagnóstico da acalásia é geralmente confirmado através de exames como a esofagomanometria, que mede a pressão no esfíncter esofágico inferior e o peristaltismo do esôfago. Outros exames complementares podem incluir a endoscopia digestiva alta e o esofagograma.

Tratamento da Acalásia

Embora a acalásia não tenha cura, várias opções de tratamento podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes:

  1. Dilatacao Pneumática: Um balão é inserido no esôfago e inflado para forçar a abertura do esfíncter esofágico inferior.

  2. Injeção de Toxina Botulínica: A toxina botulínica é injetada no esfíncter esofágico inferior para relaxar o músculo.

  3. Miotomia de Heller: Procedimento cirúrgico onde os músculos do esfíncter esofágico inferior são cortados para permitir a passagem mais fácil dos alimentos.

  4. POEM (Miotomia Endoscópica Peroral): Técnica minimamente invasiva onde uma miotomia é realizada através de um endoscópio.

  5. Medicação: Em casos menos graves, nitratos ou bloqueadores de canais de cálcio podem ser usados para relaxar o esfíncter esofágico inferior.

A acalásia é uma condição rara, mas tratável, que afeta muitos brasileiros anualmente. Com diagnósticos precisos e tratamentos adequados, os pacientes podem alcançar uma melhora significativa em sua qualidade de vida. É crucial que gestores de saúde e profissionais médicos estejam atentos aos sintomas e forneçam os melhores cuidados possíveis para esses pacientes.

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Thaynara Ferreira

Analista de Inbound Marketing e Eventos

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