O Kit AMIU (Aspiração Manual Intrauterina) é um dispositivo fundamental no atendimento obstétrico, especialmente em casos de aborto espontâneo, interrupções de gravidez e complicações pós-parto, como hemorragias uterinas. Desenvolvido para realizar procedimentos de esvaziamento uterino de forma segura, o kit é uma alternativa eficaz e menos invasiva à curetagem tradicional, reduzindo o tempo de recuperação da paciente e minimizando riscos associados ao procedimento. Sua utilização é especialmente indicada em locais com poucos recursos, onde o acesso a tecnologia mais complexa pode ser limitado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o Kit AMIU como uma prática essencial para garantir o cuidado de saúde reprodutiva seguro e eficaz. Segundo as recomendações da OMS, o uso da AMIU deve ser preferido em comparação à curetagem, especialmente nos casos de abortamento e complicações pós-parto, pois é menos traumática para o útero e pode ser realizada sem a necessidade de anestesia geral, o que diminui significativamente os riscos de complicações. A AMIU é vista como uma prática de saúde segura e custo-efetiva, especialmente em regiões com baixa infraestrutura médica.

A OMS preconiza que a curetagem tradicional, embora ainda usada em alguns contextos, deve ser gradualmente substituída pela aspiração manual intrauterina sempre que possível. Essa orientação visa promover um cuidado obstétrico mais seguro, menos doloroso e com menores chances de complicações, como perfuração uterina e infecções pós-operatórias, que são mais comuns na curetagem.

Promover a adoção do Kit AMIU como prática padrão de cuidados obstétricos é um passo importante para melhorar a saúde materna globalmente, conforme a OMS enfatiza em suas diretrizes. Sua implementação em sistemas de saúde ao redor do mundo tem o potencial de salvar vidas, reduzir complicações e melhorar o atendimento às mulheres, especialmente em países de baixa e média renda. Dessa forma, o Kit AMIU não só representa uma solução tecnológica eficaz, mas também simboliza um avanço na equidade de acesso aos cuidados de saúde reprodutiva.